pelos olhos da menina: agosto 2014

Continuando nossa visita pelo The Walt Disney Family Museum, encontramos no subsolo do prédio uma das exposições especiais intitulada “Leading Ladies and Femmes Fatales: The Art of Marc Davis” que fica exposta até dia 03 de novembro. Nessa exposição é proibido bater fotos, a não ser do pôster da entrada, mas nada impede de contar um pouco dela para vocês e usar as duas imagens liberadas para divulgação.

A exposição da galeria contém setenta desenhos a lápis originais das animações, desenhos conceituais, pinturas e fotografias do animador Marc Davis (1913-2000) e conta com o acervo da família de Davis, de colecionadores particulares e da Fundação Walt Disney. Mas se vocês está se perguntando quem era Marc Davis..... bom eu posso contar alguma coisa sobre ele para vocês.

Marc Davis foi nomeado como uma lenda para a Disney, fato que ocorreu em 1989, pela sua grande participação na execução de algumas das animações mais difíceis para os funcionários da Walt Disney como Peter Pan, A Bela Adormecida e 101 Dálmatas. Marc era conhecido pelo seu domínio em desenhar a forma humana e seu conhecimento avançado na anatomia e nos movimento, trazido para as personagens femininas icônicas da Disney.

A exposição se concentra em expor uma parte da carreira de Davis que mostra exatamente esse seu potencial em desenhar a forma humana, trazendo seus personagens femininos no cinema como a Sininho de Peter Pan, Princesa Aurora, sua vilã Malévola, e a famosa Cruella de 101 dálmatas. Marc foi muito conhecido por ser quase um artista autodidata e através do seu olhar observador, conseguia não só desenhar os personagens como dar humor e emoção aos seus desenhos. Uma curiosidade que soube apenas depois da visita é que Marc foi o único, de 9 pessoas de confiança que trabalhavam com Walt, que foi chamado para participar no desenvolvimento de ideias e na produção das atrações da Disney, como o brinquedo Piratas do Caribe.

A exposição de Marc Davis realmente é linda e você vai conseguir guardar todas as imagens na sua memória pela delicadeza que ele tinha em desenhar cada movimento e expressões no olhar de cada personagem.

Então seguindo nosso trajeto, era hora de visitar a segunda exposição especial.

Como o próprio folder e as informações do museu mostravam, bastava seguir as marcas do trem que chegaríamos ao prédio da outra exibição especial...e foi justamente o que fiz, segui o trem colorido. Saindo do prédio principal, conseguimos ver a beleza da vista da Golden Gate até a entrada do prédio Diane Disney Miller Exhibition Hall, conhecido como edifício Riley, o qual foi construído em 1904 e que era anteriormente o ginásio do posto militar.

O prédio não é muito grande mas se adequa super bem para uma galeria. A exposição exposta lá era a “MAGIC, COLOR, FLAIR: the world of Mary Blair” que ficou até o dia 07 de setembro. Mary Blair virou inspiração para mim, eu realmente não conhecia e nunca tinha ouvido sobre o trabalho dela como diretora de arte e design do mundo Disney, mas posso dizer que me apaixonei pela sua pincelada, escolha de cores e utilização de formas geométricas.

Mary Blair além de ser super conhecida por atuar em animações como Cinderela, Alice no País das Maravilhas e Peter Pan, participou nas atrações dos parques temáticos na Disneyland Resort e Walt Disney World Resort, mas foi realmente mais conhecida pelo seu trabalho no "It's a small world", atração marcante para quem visita o mundo mágico.

Conhecida como uma colorista e designer criativa, Blair ajudou a introduzir um estilo modernista em Walt Disney Studios. A exposição foi organizada para mostrar a carreira de Blair antes e depois dos Studios Disney, tudo contado através de obras de arte, objetos, fotografias e vídeos.

Uma das coisas bacanas de se ver foram os quadros que Blair pintou para Carmem Miranda e outros quadros feitos em função da sua visita a américa-latina na expedição de Walt Disney pela América do Sul. Mas o museu não mostra só os quadros não, existe um vídeo que relata a chegada da expedição de avião a América do Sul com animações de Zé Carioca, elementos de percussão, elementos do Rio de Janeiro e a própria Blair dançando ao ritmo de sons com batidas de samba. Mas não para por ai não, lá podemos ver os esboços dos desenhos que deram origem a experiência "it's a small world", passando pela execução e pintura dos materiais, além de poder ver o capacete de obra de Blair, que é super a cara dela.

Me apaixonei pela artista Mary Blair e seus trabalhos tão delicados e tão cheio de vida com suas cores e gráficos que segundo eles, tiveram muita influência das produções do pós-guerra.

Espero que tenham gostado.Vejo vocês no próximo post falando sobre o City Hall de San Francisco.

Ciao